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terça-feira, 19 de agosto de 2014

Resenha: Perdão Leonard Peacock



Resenha

Perdão, Leonard Peacock

Autor: Matthew Quick
Editora: Intrínseca
Páginas: 224

Sinopse:
Hoje é o aniversário de Leonard Peacock. Também é o dia em que ele saiu de casa com uma arma na mochila. Porque é hoje que ele vai matar o ex-melhor amigo e depois se suicidar com a P-38 que foi do avô, a pistola do Reich. Mas antes ele quer encontrar e se despedir das quatro pessoas mais importantes de sua vida: Walt, o vizinho obcecado por filmes de Humphrey Bogart; Baback, que estuda na mesma escola que ele e é um virtuose do violino; Lauren, a garota cristã de quem ele gosta, e Herr Silverman, o professor que está agora ensinando à turma sobre o Holocausto. Encontro após encontro, conversando com cada uma dessas pessoas, o jovem ao poucos revela seus segredos, mas o relógio não para: até o fim do dia Leonard estará morto.





OPINIÃO DELA:

     Comprei esse livro por diversos motivos: ele estava entre os mais vendidos, o autor escreveu o famoso “O Lado bom da Vida” (que eu não li porque tenho sérios problemas em ler livros que já viraram filmes) e a premissa me pareceu dramática o suficiente para que eu gostasse.

     Leonard é um garoto que mora sozinho nos subúrbios da Filadélfia e tem poucos amigos. Um deles é seu vizinho Walt, um dos personagens que, a meu ver, salva a trama. Walt é um senhor que adora Bogart e, juntos, assistem filmes e decoram as falas para se divertir conversando através delas. Até esta parte achei bacana porque Leonard parecia diferente, inteligente, apesar de ser considerado “estranho” pelos seus colegas do colégio. 

     Quando chega o dia do seu aniversário de 18 anos ninguém lembra em dar os parabéns. Como ele já imaginava que isso acontecesse, planejou tirar sua própria vida e a do seu ex-melhor amigo Asher Beal com uma arma P-38 de seu avô. Sua intenção também era dar um presente para cada pessoa importante na sua vida. É nesse ponto que Leonard caiu no meu conceito, porque até então ele adorava ouvir Barack tocar violino, questionava a felicidade das pessoas que só pensavam em trabalhar e não aproveitavam a vida e tentava entender sobre religião com uma garota cristã de quem gostava. Leonard tinha medo da vida caótica de adulto e tinha tudo para ser um personagem interessante. O livro tinha uma boa premissa!!! Fala de suicídio, solidão, aborda preconceitos de várias facetas como homossexualismo e religião, entre outras coisas que precisam parar de ser “tabus” na nossa sociedade.

     Porém, o motivo de Leonard querer se matar pareceu um pouco bobo. Claro que sofrimento é relativo e cada um tem seus motivos bem particulares. Mas é a construção da narrativa que te faz chegar à conclusão de que Leonard é um personagem infantil e parece extremamente imaturo para sua idade, o que é contraditório em relação à sua inteligência.

“Eu meio que prometo a mim mesmo que não matarei Asher Beal e nem a mim mesmo se ao menos Walt me disser ‘Feliz aniversário’, uma vez só, por mais tolo e trivial que isso possa parecer. Walt não diz, e isso me entristece, embora eu provavelmente nunca lhe tenha dito quando era meu aniversário e saiba que ele certamente diria “Feliz aniversário” se soubesse.”

     Leonard também tem um professor de que gosta muito, Her Silverman, e o sentimento pelo garoto é recíproco. Quando o protagonista começa a entregar seus presentes, este professor desconfia que alguma coisa está errada e o faz prometer entrar em contato caso precise, prometendo também mostrar um grande segredo que guardava e Leonard sempre quisera saber, mas não posso falar aqui, rs.

     Deste momento até o fim do livro tudo acontece muito rápido e a única coisa que posso dizer é que ele recebe ajuda do seu professor na maior decisão da sua vida. E o grande segredo do seu professor finalmente é revelado.

     Por fim, achei que o livro tinha tudo para ser bom e passar grandes mensagens para o leitor, mas a narrativa fez com que parecesse um garoto que ameaçava fazer uma loucura só para ter atenção. De qualquer forma eu posso estar errada, mas quando se trata de suicídio eu realmente penso bem em julgar se o motivo é bobo ou não. Se alguém se opuser à minha opinião peço que comente aqui para discutirmos, porque o livro realmente me deixou “com aquela pulga atrás da orelha”.


NOTA DELA:










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