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domingo, 26 de abril de 2015

Resenha: A Vida em Tons de Cinza

Resenha

A Vida em Tons de Cinza

Autor: Ruta Sepetys
Editora: Arqueiro
Páginas: 240


Sinopse
Lina Vilkas é uma lituana de 15 anos cheia de sonhos. Dotada de um incrível talento artístico, ela se prepara para estudar artes na capital. No entanto, a noite de 14 de junho de 1941 muda para sempre seus planos. Por toda a região do Báltico, a polícia secreta soviética está invadindo casas e deportando pessoas. Junto com a mãe e o irmão de 10 anos, Lina é jogada num trem, em condições desumanas, e levada para um gulag, na Sibéria. Lá, os deportados sofrem maus-tratos e trabalham arduamente para garantir uma ração ínfima de pão. Nada mais lhes resta, exceto o apoio mútuo e a esperança. E é isso que faz com que Lina insista em sua arte, usando seus desenhos para enviar mensagens codificadas ao pai, preso pelos soviéticos. A vida em tons de cinza conta a história de um povo que perdeu tudo, menos a dignidade, a esperança e o amor. Para construir os personagens de seu romance, Ruta Sepetys foi à Lituânia a fim de ouvir o relato de sobreviventes dos gulags. Este livro descreve uma parte da história muitas vezes esquecida: o extermínio de um terço dos povos do Báltico durante o reinado de horror de Stalin. Para Estônia, Letônia e Lituânia, essa foi uma guerra feita de crenças. Esses três pequenos países nos ensinaram que a arma mais poderosa que existe é o amor, seja por um amigo, por uma nação, por Deus ou até mesmo pelo inimigo. Somente o amor é capaz de revelar a natureza realmente milagrosa do espírito humano.




OPINIÃO DELA:

Toda a história é narrada por Lina, quando a União Soviética ocupou os países bálticos - Estônia, Letônia e Lituânia. Lina é uma jovem de 15 anos que vive com os pais e seu irmão mais novo, Jonas. Ela sonha em ser artista, pois desenha muito bem.


O livro é dividido em três partes que explicam a trajetória de Lina e os que estavam junto com ela durante o terror da guerra e o governo de Stalin. A primeira parte é denominada “Ladrões e Prostitutas” e trata-se da parte em que Lina e muitas outras pessoas consideradas antissoviéticas têm suas casas invadidas e são deportadas em 1941. Elas são jogadas em um vagão de trem e apenas comem um pouco de ração e água durante seis semanas. Algumas pessoas morrem, eles não tomam banho, começam a ficar doentes e com piolhos, o que torna o cheiro horrível. E só quando é preciso abastecer é que eles verificam os vagões e retiram os mortos. O vagão em que Lina estava tinha o nome “Ladrões e prostitutas”, por isso o nome da parte I.

Mapas e Serpentes é o nome da segunda parte. É quando eles chegam a uma fazenda coletiva e começam a trabalhar como forma de pagamento para ter onde dormir. Também foi dito que ganhariam comida de acordo com o trabalho que fizessem. Foram divididos entre as cabanas e eles se ajudavam entre si como podiam. Também roubavam alimentos para poder sobreviver, sempre com medo que fossem pegos e acabassem mortos por uma batata ou uma beterraba.  Lina chegou a ser chamada para desenhar um mapa e depois uma foto do comandante. Mas Lina pintava e desenhava o que via por trás de apenas a imagem, ela captava sentimentos. E desenhando o comandante ela se conteve para não desenhar serpentes ao invés do rosto do comandante.

Gelo e Cinzas, a terceira e última parte, também a mais cruel de todas... Esta parte ocorre quando algumas pessoas são levadas para outro lugar, incluindo Lina e sua família. Quando chegaram ao destino estavam bem no limite do Círculo Polar Ártico, perto do Polo Norte. Tiveram que construir cabanas com restos de madeira que encontravam para se proteger do frio. Era quase setembro, perto da noite polar, onde o sol permanece abaixo do horizonte por 180 dias. A parte ganha esse nome pelo frio que as pessoas passavam e como também já estavam fracas por não ter o que comer, elas começavam a ficar com um aspecto acinzentado. Além disso, por conta do frio e ausência do sol o tempo também ficava com aspecto acinzentado.

"Cada respiração fazia minha garganta arder. O sol não apareceu. A noite polar havia começado. A luz pintava a paisagem deslocada em tons de azul e cinza."

Lina consegue voltar para sua terra natal em 1954 com seu irmão, sendo proibidos de falar sobre o assunto. Passaram 12 anos presos. Também ocorrem mais algumas surpresas boas e ruins, mas prefiro deixar a resenha sem spoilers!

Posso dizer que esse livro não me fez chorar durante a leitura, mas quando a autora fala dos relatos no final eu não aguentei e chorei de soluçar... Eu não consigo me conformar com tanto sofrimento, não consigo nem imaginar! Recomendadíssimo, pois além de tudo os personagens são fictícios, mas são todos baseados em relatos de sobreviventes! Um livro ímpar...

NOTA DELA:

Comentários
1 Comentários

Um comentário:

  1. Meu Deus!! Esse livro é um dos meus queridinhos! Eu também chorei com o final. Foi a carta, não foi?
    Peguei esse livro na biblioteca da minha escola, mas gostei tanto que agora procuro sempre por ele nas livrarias. Realmente ele é muito bom! <3

    http://blogfolheandomundos.blogspot.com.br/

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