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sábado, 10 de janeiro de 2015

Resenha: As Aventuras do palhaço Sardinha



Resenha


As aventuras do palhaço Sardinha


Autor: Eduardo Bello
Editora: Ottoni
Páginas: 116





















OPINIÃO DELE: 

Esse é um livro muito diferente e único.
Trata-se de uma história infantil que conta a trajetória do palhaço Sardinha e de seu amigo, o anão Garnizé. Os dois logo no início vão parar no céu justo num dia em que Deus está na Terra arrumando os problemas daqui. Graças a isso e a um acaso do destino, os dois passarão por diversas aventuras e desventuras. Mas também contarão com a companhia de um marciano muito amigo (um personagem que tem muito carisma, meu favorito) e um porquinho da Índia de estimação.


A princípio achei que fosse um livro para criancinhas recém alfabetizadas. No entanto, por tratar de alguns assuntos menos comuns em histórias infantis (como a morte dos personagens e psoterior ida ao céu), acredito não ser um conto de fadas ou um livro para ser lido para ninar um filho, mas sim um livro para uma criança a partir de uma certa idade, uma criança que esteja começando a ler, que já tenha uma noção de mundo etc. Mas os protagonistas serem um palhaço e um anão de circo torna tudo mais leve e de fácil aceitação pelos menorzinhos.
Além disso, o enredo envolve rapidamente outros personagens famosos como Sherlock Holmes, Robin Hood, e até mesmo uma citação a Niemeyer.

Com umas ideias bem legais e originais, o livro tem passagens bem divertidas. Achei genial quando diz que o meio de transporte no céu é o Anjo-Bala.
Eis um pequeno diálogo entre o anão Garnizé e o Marciano que gostei:
" - Ai mamãe, socorro. Marciano, o que está acontecendo com você? Por que você está cor de abóbora com pintas roxas e língua verde? O que está acontecendo com você, meu querido?
- Não precisa temer, Garnizé. Eu só estou passando por uma metamorfose intercelular devido à falta do meu alimento vital, a poeira cósmica. Assim que eu ingeri-la, volto ao normal. A essas alturas, meus amigos já devem estar chegando.
- Meu Deus, tá tão feio que até ficou bonitinho, parece um cruzamento de arara com arco-íris."

Com ilustrações simples mas bem bonitas, ele se torna mais suave.
Alguns erros de português são perceptíveis ao longo do livro, outros de diagramação também. Considero-os culpa da editora, pois parece faltar um trabalho de revisão mais apurado.

O grande diferencial do livro, na minha opinião, é referente ao seu autor. Eduardo Bello não é um escritor profissional. Ao contrário, é um conterrâneo meu que eu não conhecia e que possui uma história singular. Trabalha com refrigeração, mas tem a literatura como paixão. Batalhou pelo seu sonho de escrever um livro e aqui está o resultado. Sua iniciativa é louvável, e eu realmente gostaria que mais seguissem seu exemplo. Para mim, a literatura não é (não deveria ser) restrita a autores profissionais; todos que desejassem deveriam conseguir expressar-se através das palavras e fazê-las chegar a um público que se interesse por elas. Mas a conhecida realidade é bem diferente, nao é?

A maior lição, no fim, não nos é dada pelos protagonistas dessa fábula, mas sim pelo próprio autor, que nos prova que batalhando por um ideal se pode ir longe e atingir objetivos a princípio inatingíveis. 


NOTA DELE:







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